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133 pessoas precisam trabalhar para sustentar 1 deputado federal

 

Um deputado federal custa por ano o equivalente à renda de 133 trabalhadores brasileiros, de acordo com levantamento do Poder360. Os deputados custam individualmente, em média, até R$ 3,283 milhões por ano, enquanto o rendimento médio anual per capita do brasileiro é de R$ 24.828,00, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na 6ª feira (28.fev.2025). Isso significa que, para cobrir os custos de um único deputado federal, são necessárias 133 pessoas trabalhando.

Já para manter os 513 deputados da Câmara, são necessárias 67.834 pessoas trabalhando anualmente. Os políticos da Casa Baixa custam R$ 1,68 bilhão anualmente.

Por mês, os deputados custam R$ 273.633,03. Eles recebem:

  • Salário – R$ 46.366,19;
  • Verba de gabinete – R$ 125.478,70;
  • Encargos trabalhistas de assessores – R$ 49.624,89;
  • Auxílio-moradia – R$ 4.253,00;
  • Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar – R$ 44.987,15 (valor varia por estado);
  • Reembolsos médicos e plano de saúde – R$ 1.025,48.

O salário dos deputados foi reajustado de 2023 a 2025. Aumentou 18%. Neste ano legislativo, que vai até janeiro de 2026, ganharão R$ 46.366,19.

A renda por pessoa também cresceu nos últimos 3 dados anuais divulgados pelo IBGE –de 2022 a 2024. Aumentou 27,3%. Foi de R$ 1.625,00, em 2022, para R$ 2.069,00, em 2024.

METODOLOGIA
O Poder360 considerou o estudo divulgado pelo Instituto Millenium sobre o impacto financeiro causado pelo eventual aumento do número de deputados na Câmara e o rendimento domiciliar per capita de 2024 divulgado pelo IBGE.

O IBGE assimila os resultados a partir da razão entre a renda de uma residência e o número de moradores dela. A renda considerada inclui todos os valores ganhos pelos moradores, incluindo remuneração trabalhista, pensão e possíveis outras fontes. As pessoas que fazem parte da pesquisa são moradores de residências particulares permanentes. Ou seja, não é considerada a renda de moradores de quilombos, aldeias indígenas e residentes de áreas não destinadas às moradias.

O Instituto Millenium, por sua vez, considera para o seu estudo o custo de manutenção de um deputado federal e os impactos financeiros em caso de expansão de cadeiras na Casa para 527. Eis a íntegra do estudo (PDF – 295 kB).

PROPOSTAS DE MAIS DEPUTADOS CUSTARIAM R$ 46,2 MILHÕES

Por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a Câmara dos Deputados precisará readequar os seus assentos de acordo com o Censo de 2022. Estados que aumentaram a população, deverão ter maior representatividade no Legislativo a partir de 2027. Há duas propostas em discussão. São elas:

  • Redistribuir cadeiras por Estados – para evitar o aumento do custo do Legislativo, se discute a possibilidade de alguns Estados perderem representantes na Casa e, outros, ganharem. Perderiam Rio de Janeiro (4), Bahia (2), Paraíba (2), Piauí (2), Rio Grande do Sul (2), Alagoas (1) e Pernambuco (1), enquanto Pará (4), Santa Catarina (4), Amazonas (2), Goiás (1), Ceará (1), Minas Gerais (1) e Mato Grosso (1) ganhariam.
  • Aumentar de 513 para 527 deputados: é a ideia defendida pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Se a proposta avançar na Câmara, nenhum Estado perderia seus representantes.

O Instituto Millenium, no entanto, diz que o impacto financeiro da readequação de cadeira a partir do aumento de assentos elevaria o custo da Casa Baixa em 2,74%. Isso equivale a R$ 46,2 milhões. (Poder360)

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