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Cúpula do PT não soube interpretar a vitória de Lula e cobra mais espaço na equipe de transição

 


Um problema recorrente do Partido dos Trabalhadores é a dificuldade de combinar com larga antecedência e de forma clara as decisões a serem tomadas adiante. Agora, com a terceira eleição de Lula como presidente da República, a cúpula da legenda apresenta um novo déficit, desta vez no campo da intepretação de números.

Lula foi eleito no segundo turno da disputa presidencial com 50,90% dos votos válidos, ao passo que o atual presidente, Jair Bolsonaro alcançou 49,10%. A diferença foi de 2,1 milhões de votos, ou seja, uma margem estreita.

Tendo como contraponto o criminoso uso da máquina estatal por Bolsonaro, a eleição de Lula foi possível por conta de uma ampla frente em defesa da democracia. Em outras palavras, o PT isoladamente não tinha cacife eleitoral ara garantir um novo mandato a Lula.

Não se pode ignorar a o fato de Lula ser um “animal político” e saber como se comunicar com o povo, mas sua terceira passagem pelo Palácio do Planalto, que começará em 1º de janeiro de 2023, será marcada por um governo de centro, oscilando entre a esquerda e a direita, mas é preciso reconhecer que a coalizão partidária teve início durante a campanha eleitoral.

A cúpula do PT, que agrega representantes de várias correntes da legenda, cobra mais espaço na equipe de transição, como se os que garantiram a vitória de Lula tivessem de se contentar com

papeis de coadjuvantes. A equipe de transição está sob a coordenação do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Em reunião na segunda-feira (7), membros da Executiva Nacional do PT cobraram da presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, maior representatividade na equipe de transição. Um dos descontentes é Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT, que reclamou por não ter sido chamado para participar da organização da viagem de Lula ao Egito, sede da COP 27, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.

Romênio também mostrou descontentamento com o fato de a secretária de Meio Ambiente do partido não ter sido chamada para participar da organização da viagem do presidente eleito. O encontro dos petistas não foi dos mais amistosos, como era esperado, mas a tesoureira do partido, Gleide Andrade, e o secretário da Comunicação da legenda, Jilmar Tatto, propuseram a criação de uma comissão do PT para acompanhar o trabalho da equipe de transição.

Ao final do encontro, que aconteceu de forma virtual, ficou decidido que o PT cria uma comissão para colaborar com o evento de posse de Lula. Como de costume, esqueceram de combinar com a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que foi escalada para organizar a posse.

Esse cenário de desentendimentos, com menos de duas semanas após a eleição, aponta para um horizonte cheio de problemas a ser enfrentado pelo novo governo, caso Lula não entre em ação para acalmar os ânimos e colocar cada um no eu devido lugar. Talvez os petistas tenham dificuldade para compreender que em jogo na corrida presidencial estava a democracia brasileira, não um cabide de empregos para a “companheirada”.

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