O União Brasil oficializou, nesta quinta-feira (5), em convenção partidária realizada em São Paulo, o nome da senadora Soraya Thronicke (MS) como candidata à Presidência da República.
A parlamentar substitui o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente da legenda, que, na semana passada, desistiu de participar da disputa ao Palácio do Planalto.
Fruto da fusão entre PSL e DEM, o União Brasil disputa sua primeira eleição com as maiores fatias do fundo eleitoral e de tempo para propaganda no rádio e na televisão − ativos muito cobiçados pelas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), que hoje lideram a corrida pelo comando do Poder Executivo em nível nacional.
Com mandato até 2027 no Senado Federal, Thronicke já entra como uma espécie de vencedora na corrida presidencial, já que, mesmo se a candidatura não se mostrar competitiva, ganhará forte exposição nacional e não perderá assento no parlamento para a próxima legislatura.
Nestas eleições, a candidata terá a missão de quebrar a polarização mantida entre Lula e Bolsonaro − desafio complexo a julgar pela cristalização da preferência de parcela expressiva do eleitorado a pouco menos de dois meses do pleito.
“A briga política não resolveu nada até agora para nós brasileiros, e essa briga não vai nos levar a nada”, disse Thronicke durante a convenção do União Brasil.
Com o anúncio, Soraya se torna a quarta candidata mulher nas eleições de 2022, um recorde desde a redemocratização.
O candidato a vice-presidente na chapa é o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, também do União Brasil, conforme antecipou o analista Gustavo Uribe. Cintra é economista e foi deputado federal e vereador de São Paulo, além de candidato a prefeito da capital paulista em 2000.
Além de Cintra e de Soraya, a convenção contou também com o governador de São Paulo e candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB), o primeiro a discursar, o candidato do União Brasil ao Senado, Sergio Moro, e o presidente do partido, Luciano Bivar, além de outras figuras do partido.
Foi Bivar quem oficializou o nome de Soraya à Presidência, dizendo que a senadora foi aprovada pela comissão instituidora do partido.
Resultado da Fusão do DEM com o PSL, o União Brasil tinha o próprio Bivar como pré-candidato, mas ele anunciou a desistência no último domingo (31), informação antecipada pela analista de política da CNN Thais Arbex.
Em maio, a legenda abandonou negociações com o MDB e o PSDB para a articulação de uma candidatura única. Emedebistas e tucanos acabaram formando a chapa com Simone Tebet (MDB) e Mara Gabrilli (PSDB), que conta com o apoio do Cidadania.
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