O autoritário projeto do presidente Jair Bolsonaro de reduzir os preços dos combustíveis deu errado, pelo menos por enquanto. O Conselho de Administração da Petrobras, por maioria, decidiu barrar a troca do presidente da companhia, como deseja o chefe do Executivo federal.
Irritado com atual presidente da empresa, José Mauro Ferreira Coelho, por causa de esperado aumento do preço do diesel, Bolsonaro decidiu demiti-lo, indicando para o cargo Caio Mário Paes de Andrade, na esperança de conter novos reajustes nos combustíveis e evitar mais estragos no seu projeto de reeleição.
De acordo com o Conselho de Administração da petrolífera, o nome de Paes de Andrade, que é integrante da equipe econômica do governo, terá de ser submetido ao processo de governança da Petrobras, o que demanda tempo.
Em decisão que dificulta ainda mais as pretensões de Bolsonaro, os conselheiros da Petrobras cobraram do governo o envio dos demais nomes que passarão a integrar o Conselho. Somente após essa etapa o Conselho se reunirá novamente, desta vez para a convocação de Assembleia Geral para deliberar sobre as mudanças.
De acordo com as regras de mercado e o estatuto interno da empresa, entre a convocação e a realização da Assembleia Geral é obrigatório um intervalo de no mínimo 30 dias. Isso significa que Paes de Andrade, se aprovado pelo Conselho, só assumiria a presidência da Petrobras, na melhor das hipóteses, na primeira quinzena de julho.
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