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Sessão que rejeitou processo de impeachment contra Crivella mostra que clã Bolsonaro agiu nos bastidores

 

 
A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou por 25 votos a 23 a abertura de processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), acusado de organizar e comandar uma milícia de guardiões que age com truculência em frente aos hospitais públicos da capital fluminense para impedir o trabalho da imprensa e evitar que munícipes critiquem o atendimento nas unidades de saúde.

As discussões sobre a abertura de processo de impeachment contra Crivella duraram aproximadamente quatro horas e foram marcadas por momentos picarescos, como, por exemplo, uma vereadora participando remotamente da sessão de dentro de um carro, outra comendo pipoca no plenário da Câmara Municipal e um parlamentar trajando camisa do C.R. Flamengo.

O placar da votação, que aconteceu na quinta-feira (3), de forma presencial e virtual, mostra dois cenários importantes e que merecem ser analisados. O primeiro deles é que os vereadores contrários a Crivella impuseram ao prefeito da segunda maior cidade brasileira momentos de

tensão, já que para aprovar a abertura do processo era necessária maioria simples, ou seja, a maioria dos votos dos vereadores presentes à sessão – por 2 votos o prefeito saiu ileso. Isso significa que na reta final do seu mandato e na campanha pela reeleição Marcelo Crivella poderá ter dores de cabeça à vontade.

O outro cenário envolve a vitória do prefeito, apesar de serem incontestáveis as denúncias sobre a atuação criminosa do grupo batizado como “Guardiões do Crivella”. Lembrando que esse beneplácito não saiu de graça. Analisando os votos que garantiram a rejeição do processo de impeachment, é possível perceber que boa parte dos vereadores tem alguma ligação com família Bolsonaro ou é fã do bolsonarismo.

Se por um lado Crivella não está sozinho politicamente, pelo menos por enquanto, como demonstrou o placar da votação, por outro fica evidente que avança sem cerimônia o movimento do clã presidencial para tomar de assalto o poder político no território fluminense. E marcar terreno na capital é um avanço considerável.

Apesar do resultado, Crivella não se livrou definitivamente das consequências dos seus atos. A Câmara carioca poderá investigar o prefeito no âmbito de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que teve pedido de criação apresentado vereadora Teresa Bergher (Cidadania), com 17 assinatura de parlamentares, número suficiente para que a CPI seja instalada.

O caso também é investigado pela Polícia Civil fluminense e pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), que instaurou inquérito civil para apurar supostos atos de improbidade administrativa cometidos por funcionários da prefeitura e iniciou procedimento preparatório criminal para investigar eventuais crimes cometidos por Crivella pela montagem e manutenção da milícia que age ilegalmente em frente aos hospitais municipais.

Além dos crimes de associação criminosa e constrangimento ilegal, previstos nos artigos 288 e 146 do Código Penal, o MP-RJ avalia a prática da conduta criminosa especificada no artigo 1º, inciso II do Decreto Lei nº 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade de prefeitos.

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