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Após duras críticas à “velha política”, Bolsonaro rende-se ao escambo e aciona o “toma lá, dá cá”

Durante a campanha presidencial, quando Jair Bolsonaro passou a criticar a “velha política”, o UCHO.INFO afirmou que tratava-se de um discurso embusteiro com o único objetivo de iludir os eleitores incautos e cabalar votos. Isso porque o então candidato é um digno (sic) representante da “velha política” e dela dependeria se fosse eleito.
Somente um desavisado era capaz de acreditar que a realidade da política brasileira mudaria da noite para o dia apenas e tão somente porque Bolsonaro, aproveitando a devastação ética promovida pelo PT e seus aliados, prometeu o que sabia ser impossível cumprir.
Com menos de dois meses no cargo, sendo que parte desse período foi consumido no hospital, Bolsonaro vê-se obrigado a jogar a toalha e lançar mão daquilo que criticou: a
“velha política”. Com o governo órfão de articulação política e ciente de que o Congresso continua a operar como antes, o presidente da República encampou o “toma lá, dá cá”, com o qual conviveu durante pelo menos 28 anos no Congresso.
Na primeira reunião de Bolsonaro com os líderes na Câmara dos Deputados, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ficou incumbido de tratar com os parlamentares sobre as moedas a serem colocadas sobre o balcão de negócios: cargos e emendas.
Lorenzoni garantiu aos parlamentares que cargos federais nos estados serão disponibilizados para indicações políticas e que não haverá por parte do governo qualquer tipo de contingenciamento das emendas parlamentares individuais. Ou seja, tudo como d’antes no quartel de Abrantes.
A distribuição dos cargos será feita em consonância com as bancadas estaduais, cabendo a cada legenda fazer os acertos regionais. No encontro palaciano, líderes partidários reclamaram que ministros têm criado dificuldades para atender deputados e prefeitos, além de críticas à Caixa, que firma convênios das prefeituras com o governo federal e acompanha a execução das emendas parlamentares.
Assim como Bolsonaro, o chefe da Casa Civil estreou no Palácio do Planalto com um discurso moralizador, como se o próprio currículo não falasse por si só. Onyx Lorenzoni, que desde sua estreia no Parlamento permaneceu no baixo clero, jamais poderia ter a responsabilidade de cuidar da articulação política de um governo que tem como presidente alguém tão despreparado quanto radical. E fazer articulação política à base do escambo qualquer um é capaz. Basta ter o que oferecer.

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