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PF conclui Operação Cupim e indicia prefeito de Maranhãozinho

Fonte: Jornal pequeno


POR GABRIELA SARAIVA                                                            Foto: G. Ferreira
Policiais federais detalham operação que investiga extração ilegal de madeira
A Polícia Federal (PF) concluiu ontem (20) as investigações da Operação Cupim e indiciou 11 pessoas, entre elas o atual prefeito do município de Maranhãozinho, Josimar Cunha Rodrigues, pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando. Os indiciados são acusados de fazer parte de um esquema criminoso, em que era cobrada uma taxa para entrada de caminhões em áreas indígenas, para extração de grande quantidade de madeira de forma ilegal. O nome da operação policial significa cupim, em tupi-guarani, que é considerada uma praga perigosa que ataca a madeira e outros produtos agrícolas.
Durante coletiva, na sede da Superintendência da Polícia Federal, na Cohama, os delegados Alexandre Lucena e Humberto Evangelista explicaram que a ação foi iniciada desde 2011, a partir de investigações da Operação
Arco de Fogo e, em setembro deste ano, várias pessoas foram presas.
Na última etapa da operação, a polícia fez buscas na prefeitura, na residência do prefeito Josimar Cunha e na residência de outras pessoas envolvidas no esquema. “Ninguém está preso, os indiciados vão responder ao processo em liberdade. Não foi solicitada a prisão preventiva de nenhum deles porque, no momento, isso não é conveniente. O maior dano aqui é o ambiental, que é irreparável; mas, o que nos causou espanto foi o poder financeiro da quadrilha, com grande quantidade de bens adquiridos recentemente por um dos envolvidos no esquema, que é avaliado em aproximadamente R$ 30 milhões”, declarou o delegado Lucena.
Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionava com a prefeitura cobrando uma taxa de R$ 150, que dava direito a um tíquete para que cada caminhão (previamente cadastrado na prefeitura de Maranhãozinho, obedecendo algumas predeterminações) entrasse na reserva indígena e de lá extraísse a madeira ilegalmente.
Cerca de 20 caminhões, por dia, saíam carregados do local, sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal; e sem que o dinheiro fosse repassado aos cofres públicos. Além do prefeito de Maranhãozinho, participavam do crime quatro policiais militares e vários funcionários públicos que, armados ilegalmente, faziam barreiras e cancelas. A estimativa é de que um faturamento de mais de R$ 3 mil era obtido por dia. “Praticavam a ilegalidade de forma institucionalizada”, resumiu o delegado Lucena.
Segundo o delegado Alexandre Lucena, na operação a polícia concluiu apenas a questão relacionada aos crimes do funcionalismo público; portanto, as investigações a cerca de envolvimento de outras pessoas e de outros crimes associados a ele serão concluídas em outras etapas. Até agora, a polícia já apreendeu armas, mídias eletrônicas, farta documentação, tíquetes, correntes e camisas da prefeitura, usadas por aqueles que guardavam o terreno para extração de madeira. O envolvimento da mulher do prefeito Josimar, Maria Deusdete Lima, prefeita de Centro do Guilherme, ainda não foi confirmado.
A polícia federal acredita que havia participação de indígenas no esquema criminoso, mas afirmou que isto ainda está sendo investigado. “Depois que entravam na terra indígena, tinham que enfrentar outras cancelas”, detalhou o delegado Humberto Evangelista.

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