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Após suspensão, presidente da Claro promete investimentos no Brasil


Carlos Zenteno promete investimentos para melhorar os serviços. Foto: Ministério da Comunicações
Carlos Zenteno promete investimentos
para melhorar os serviços

Depois do baque inicial da suspensão da vendas de chips da Claro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em três estados – São Paulo, Santa Catarina e Sergipe –, em vigor desde a segunda-feira 23 e ainda sem data para acabar, a operadora promete investimentos pesados no Brasil. Em entrevista a CartaCapital, o presidente Carlos Zenteno lamentou o impacto da medida punitiva da Anatel, que atingiu também a TIM e Oi, na cadeia produtiva e disse que o grande potencial do mercado brasileiro não permite investimentos baixos. Confira os principais trechos da entrevista.
CartaCapital: Qual a sua opinião sobre a medida tomada pela Anatel de suspender as vendas dos chips da Claro?

Carlos Zenteno: Nós entendemos que o cliente merece o melhor serviço, independente da metodologia utilizada para avaliar o nosso desempenho. Mas a Claro tem atendido os indicadores de desempenho da Anatel. A suspensão das vendas foi uma surpresa, pois estamos acompanhando as exigências e a metodologia que baseou a punição não tinha sido definida antes. Se entrar no site da Anatel, é possível ver que a Claro atingiu todas as metas nos últimos 24 meses.

CC: Se não há problemas, por que a Claro foi punida?

CZ: A decisão da Anatel está ligada à qualidade de atendimento no call center. Realmente tivemos deficiências causadas pelo descumprimento de contrato de alguns fornecedores e problemas técnicos. Estamos fazendo expansão do nosso sistema de call center desde setembro do ano passado devido ao crescimento do número de clientes. O número de reclamações aumentou, mas temos qualidade na nossa rede.

CC: Qual o impacto da suspensão das vendas de chips para a empresa?

CZ: O Impacto é grande e desnecessário porque o trabalho da Claro depende de uma cadeia enorme de pessoas, uma rede que vai de companhias familiares a grandes varejistas que comercializam nosso produto, e todos foram fortemente afetados. Haverá também um impacto da redução da entrada de novos clientes na receita final da empresa, mas ainda não temos esse cálculo. Esperamos que a venda seja liberada o mais rápido possível, pois entregamos tudo o que foi solicitado e ainda estamos sendo atingidos.

CC: Qual foi o plano entregue pela Claro à Anatel?

CZ: O que a Anatel nos solicitou foi a garantia de que os investimentos em rede iriam acompanhar o crescimento de usuários. Apresentamos nossa última versão na quarta-feira. Um plano para dois anos mostrando o quando vamos crescer e o quanto vamos investir, além de um cronograma de como vamos atingir as metas mês a mês. O objetivo maior do plano é ter o menor número de quedas nas ligações possível. Também vamos melhorar a infraestrutura, colocando, por exemplo, baterias mais potentes nas estações para segurar quedas de energia na rede. Outro projeto que apresentamos é a implantação de um cabo de fibra óptica que irá do Rio de Janeiro até Miami, passando por Fortaleza, para funcionar no início do próximo ano. Serão investidos 3,5 bilhões de reais apenas este ano.

CC: Então há espaço para melhorias da rede?

CZ: Nosso plano traz um programa de qualidade de rede, mesmo não sendo um problema identificado pela Anatel. Além de um compromisso de melhorar a qualidade do atendimento em call center. Todas as chamadas têm que ser atendidas. Vamos passar nossos centros de atendimento de sete para onze cidades.

CC: É a primeira vez que a empresa entrega um plano de investimentos para a Anatel?

CZ: Nesse formato sim. A gente conhecia os indicadores que tínhamos que seguir, mas pela primeira vez haverá o monitoramento de um programa pela agência. Incluímos no plano uma análise do aumento de tráfego na rede durante os grandes eventos esportivos no país, que vão demandar uma capacidade adicional.

CC: O aumento das remessas de lucros das empresas de telecomunicação ao exterior afeta os investimentos no Brasil?

CZ: Isso depende da política de dividendos de cada companhia. Mas o que posso dizer é que a rentabilidade das operadoras é menor no Brasil que em outros países porque a concorrência é grande e é preciso fazer muito investimento. Mesmo assim, as empresas se esforçam para investir porque têm interesse em crescer, o mercado brasileiro é muito grande. Além disso, o esforço para investir aqui é maior pelo próprio tamanho do Brasil. A população é muito espalhada em comparação a outro países que atuamos, como a Colômbia, onde a densidade populacional é maior.

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