CNBB defende declarações do papa Bento 16 sobre o aborto
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defensa nesta sexta-feira da declaração do papa Bento 16 que recomendou que bispos brasileiros preguem voto contra políticos que defendam aberta ou veladamente o aborto.
Em nota, a entidade afirma que "acolheu com gratidão" as palavras do papa que reforçam seu posicionamento de que padres orientem politicamente os fiéis brasileiros. Para a CNBB, cada bispo tem direito de pregar, além de valores religiosos, voto em determinado projeto político.
"Em seu pronunciamento, o Santo Padre confirmou a preocupação constante da Igreja no Brasil em defesa da vida, da família e da liberdade religiosa. O Santo Padre enfatizou o direito e o dever de cada Bispo, em sua Diocese, de orientar seus fiéis em questões de fé e moral, inclusive em matéria política, confirmando o que a CNBB havia recordado em documentos, notas e entrevistas anteriores", diz a nota.
A declaração do papa gerou críticas entre aliados da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que acusaram a igreja de extrapolar suas funções. A CNBB explicou que o encontro de ontem com o papa ocorre anualmente para "apresentar o balanço das principais atividades", "bem como acolher sugestões e orientações, refletir sobre opções e alternativas pastorais" e que a reunião coincidiu com a passagem dos bispos maranhenses.
Em encontro com bispos do Maranhão, em Roma, o papa reiterou a posição católica a respeito do aborto, condenando o uso de projetos políticos que defendam a descriminalização da prática. "Os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas."
Segundo o papa, a democracia só existe quando "reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana". Bento 16 fez um "vivo apelo a favor da educação religiosa" nas escolas públicas e pediu ainda pela presença de símbolos religiosos em locais públicos. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é citado como um exemplo de monumento que contribuiu para o "enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade".
Comentários
Esta escalada conservadora é um fiasco ao país, mas a grande questão é a derrota do PT, partido este que se diz de esquerda, esquerda esta que eles mataram ao subir ao poder.
A questão é que com a vitória imenente de Dilma simplesmente Lula terá muito folego pra se eleger novamente em 2014 e permanecer no poder até 2022 como ele deseja...
A grande questão que envolve Dilma não é o conservadorismo é a perpetuação do poder que o PT quer implementar no país...
Seria melhor que se restaurasse a MONARQUIA, que deixar o país nas mãos de ladrões confessos!