Pular para o conteúdo principal

Dino quer lista de quem recebeu verbas no Congresso para liberar emendas

 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino está cobrando que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abram as planilhas dos parlamentares mais beneficiados com verbas federais.

Em conversas com Pacheco e Lira nos últimos dias, Dino está colocando a divulgação desses dados como condição para descongelar a execução de emendas, suspensas pelo STF desde agosto pela falta de transparência.

No entendimento do ministro, a recusa em informar esses dados configura um descumprimento à decisão do STF que proibiu o orçamento secreto.

Um dos efeitos da estratégia de Dino é tirar poder do Congresso e dar tempo ao governo federal, que tem só até 31 de dezembro para executar R$ 10 bilhões em emendas. Quanto mais o prazo se aproxima, menos o governo terá que gastar, já que é difícil fazer liberações em pouco tempo.

Apesar da proibição pelo STF das emendas de relator, que eram conhecidas como “orçamento secreto”, o Congresso continuou usando estratégias para ocultar os “padrinhos” de algumas indicações ao governo federal.

Em 2023, primeiro ano de governo Lula, foram reaproveitados R$ 7,9 bilhões das emendas de relator como “RP2”, verba dos ministérios. Esse dinheiro foi distribuído entre deputados e senadores influentes, mas não há transparência sobre quem foi beneficiado.

Nos portais de transparência, consta apenas os municípios ou estados que receberam a verba e os projetos que foram apresentados para as compras ou serviços adquiridos com verba federal, mas não o nome do parlamentar que pediu que o dinheiro fosse empregado naquilo.

Da mesma forma, em 2023 e 2024, foram usadas também as emendas de comissão — indicações feitas pelas comissões temáticas da Câmara e do Senado — para encaminhar ao governo R$ 16,8 bilhões em pedidos de deputados e senadores, cujo nome também é oculto.

Foi por isso que Dino, que assumiu a relatoria do processo que proibiu as emendas de relator, determinou a suspensão das emendas.

Ao contrário da ministra Rosa Weber, que, em 2022, mandou que o Congresso abrisse os dados das emendas de relator, Dino vem tentando negociar um acordo nos bastidores com Lira e Pacheco.

Para parlamentares ouvidos pelo UOL, a demora nas negociações conduzidas pelo ministro acaba beneficiando o governo federal.

Projeto de lei

Além disso, o Congresso negocia com o Executivo a aprovação de um projeto de lei para definir como ficarão, daqui para a frente, as regras de transparência e de distribuição de emendas.

Uma primeira versão do texto, de autoria do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), foi apresentada na última sexta-feira (25). Como mostrou o UOL, porém, a proposta não corrige o problema da falta de transparência.

Hoje, líderes partidários distribuem as emendas de comissão entre deputados e senadores de suas bancadas, sem divulgar quem fez os pedidos.

A proposta apresentada por Ângelo Coronel para 2025 prevê que “cada comissão receberá as propostas de indicação dos líderes partidários, ouvida a respectiva bancada”, e, depois, “aprovadas as indicações pelas comissões, os presidentes as farão constar em atas, que serão publicadas e encaminhadas aos órgãos executores”.

A ideia é que o líder partidário seja “o pai da criança”, nas palavras do senador. Seria possível saber qual partido foi beneficiado, mas não qual deputado ou senador enviou o pedido.

O governo pediu que o texto seja alterado para incluir a obrigatoriedade de expor qual parlamentar fez a indicação. Segundo fontes ouvidas pelo UOL, porém, nesse formato, a proposta não teria apoio dos líderes.

O texto ainda está sendo debatido. A previsão inicial era de votar o projeto ainda nesta semana, antes do final de outubro, mas as divergências quanto ao texto — e a negociação com o STF sobre a transparência das indicações passadas — deve adiar a votação para novembro. (UOL)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Molequinhos e molequinhas

  Os tempos mudam o sentido até das nossas próprias lembranças divertidas quando, molequinhos e molequinhas, fazíamos – claro – molecagens, traquinagens, algumas inocentes e até outras nem tanto, admitamos, só que sempre ainda com aquele espírito infantil. Eram coisas de criança, perdoáveis, às vezes valendo um castigo, uma sova, um sabão. Ou uma suspensão na caderneta que precisava ser mostrada aos pais e voltar, assinada. Meu irmão outro dia me chamou a atenção de que anda percebendo que tem muita gente aí pela rua fazendo pequenas molecagens, gente grande, ou maiorzinha. Às vezes em grupos de dois, três; outras, mesmo sozinhos. Tipo apontar o céu como se ali estivesse acontecendo algo, e fazendo todo mundo olhar para cima. Ou passar e apontar para o seu pé, sem parar, seguindo adiante como se nada tivesse ocorrido. Coisinhas bobas, que até arrancam um sorriso daqueles bons em dias que

Politica: RESISTÊNCIA POPULAR.

Diante das conjunturas políticas , que já são do conhecimento de todos, da nossa cidade Pres. Médici-MA,  na corrida eleitoral rumo a prefeitura em 2012! Vamos comentar os três Principais grupos políticos do nosso município.  Primeiro grupo : A atual Administração está no poder aquase 08 anos, e quer continuar com este projeto politíco hereditário. A família P. Holanda, está querendo garantir em 2012 mais 08 anos de Administração e no fim ficar mais 08 anos ou seja 24 anos seguido no poder, pela mesma família. Nesta Atual administração vemos que quase nada tem mudado na Saúde, na Educação cada dia pior, as poucas obras que tem 95% obras federais, também temos visto que só a família tem se destacado econômicamente,  não podemos contribuir com o continuísmos hereditário. Segundo grupo:   É uma expansão territorial Romano, é o grupo do atual Deputado Estadual Hemetério Weba que já comanda duas cidades, já teve no comando de outras cidades, já fez parte de administ...

FORA ROSENGANA

ROSEANA SARNEY JÁ ESTÁ COMENDO AS UNHAS, ANTES MESMO DE COMEÇ AR O HORÁRIO POLITICO NA TV. O QUE VOÇÊ ACHA QUE ELA VAI COMER NO DIA 3 DE OUTUBRO QUANDO SAIR O RESULTADOS DAS URNAS.