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Integrante de um governo com viés circense, Damares protagoniza cena patética em evento palaciano

Que a ministra Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos) é o que muitos chamam de “fora da casinha” não é novidade, desde que surgiu a dantesca estória de “Jesus na goiabeira”. Nesta segunda-feira (25), para provar que faz jus às galhofas de que é alvo, Damares convocou uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, mas para surpresa dos jornalistas não respondeu a perguntas. A ministra abandonou o local da entrevista sem qualquer explicação, mas depois disse que se tratava de encenação.
Pelo que se sabe, um governo não pode ser uma companhia de teatro nem de circo, mas o staff ministerial do presidente Jair Bolsonaro está recheado de atores de quinta, que creem ser os gênios da interpretação. Que o digam Abraham Weintraub (Educação) e Paulo Guedes (Economia), além da própria Damares Alves.
O grotesco episódio ocorreu antes de evento oficial pelo Dia Nacional de Enfrentamento da Violência contra a Mulher. Após chegar ao local da entrevista com meia hora de atraso, Damares Alves deixou o recinto diante das perguntas dos jornalistas.
Antes de sair em retirada, a ministra fez um gesto de negação com a cabeça, movimentando-a de um lado para o outro, e levantou as mãos para o alto, como se estivesse emocionada e impedida
de falar com os profissionais de imprensa. Damares disse que a simulação foi feita para mostrar como as mulheres são silenciadas.
“Eu fiquei em silêncio para que vocês sintam como é difícil uma mulher ficar em silêncio. Quando eu queria falar tanto para vocês hoje, dizer dessa campanha belíssima, eu preferi o silêncio. É muito ruim tirar a voz de uma mulher. Era esse o recado que eu queria dar, e obrigada por terem participado voluntariamente e involuntariamente da campanha. Que todas as mulheres tenham voz”, disse a ministra em entrevista ao final da cerimônia.
A ministra explicou que a ideia de criar salas rosas nas delegacias comuns não significa o fim das unidades especializadas em atendimento às mulheres.
“Não, nós vamos ter mais delegacia das mulheres e nos lugares em que não tiver delegacia da mulher vai ter um serviço especializado de atendimento até chegar à delegacia da mulher lá. O que não podemos é deixar a mulher sem um atendimento especial em todas as delegacias”, afirmou.
É importante salientar que o atendimento às mulheres é da competência dos governos estaduais, não cabendo a Damares Alves interferir em questões que fogem à sua alçada. Alegar que no primeiro momento o governo federal arcará com o treinamento dos profissionais envolvidos no atendimento às mulheres nas delegacias é discurso de improviso de quem desconhece a realidade.
Um governo cujo presidente é conhecido também por declarações carregadas de misoginia não pode ser levado a sério, em especial quando o assunto é violência contra as mulheres vítimas de violência. Tudo não passou de um evento pífio e picaresco para cumprir agenda. Mesmo assim, há quem garanta que o governo de Jair Bolsonaro é o melhor de todos os tempos.

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