Lula abusou da irresponsabilidade ao dizer que plano do PCC para matar autoridades é “armação do Moro”
Em matérias anteriores, o UCHO.INFO afirmou que o maior problema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o próprio partido, o PT, que tenta transformar o terceiro governo do ex-metalúrgico em senha para recuperar o terreno perdido na esteira de escândalos de corrupção e crimes correlatos.
Em entrevista ao site “Brasil 247”, Lula disse, em determinado momento, que, enquanto esteve preso, seu desejo era “foder o Moro”, em referência ao ex-juiz e agora senador Sérgio Moro, que o condenou à prisão com base em meros indícios, ou seja, sem qualquer prova.
O trecho da de Lula, que a pedido deveria ter sido excluído da entrevista, serviu para exemplificar o que o presidente respondia aos procuradores que diariamente lhe perguntavam na carceragem da Polícia Federal se estava tudo bem. O petista respondia que tudo ficaria bem quando ele pudesse “foder o Moro”.
Na edição desta quinta-feira (23), destacamos que a declaração de Lula foi irresponsável, mesmo cientes de que como cidadão ele tem o direito de se revoltar diante da injustiça cometida por Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, à época comandados por Deltan Dallagnol.
Em visita ao Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, Lula voltou a abusar da irresponsabilidade e afirmou que o plano da facção criminosa PCC, desmantelado pela Polícia Federal, de sequestrar e matar autoridades, inclusive o ex-juiz, não passava de “armação do Moro”.
Contaminado pela peconha ideológica da cúpula do PT, Lula perdeu a oportunidade de afirmar em público que, apesar da mágoa por ter sido preso sem provas, a PF conseguiu desmontar um plano criminoso que poderia terminar na morte do seu algoz.
Se Lula, o cidadão, tem algo a resolver com Sérgio Moro, que o faço no campo da Justiça. Como presidente da República, Lula não tem o direito de fazer declarações que servem apenas para aumentar a polarização política que há muito se alastra Brasil afora.
Durante a campanha presidencial, Lula assumiu o compromisso de pacificar o País, algo que está a anos-luz de distância. Nos últimos dias, cresceram os questionamentos sobre o comportamento do presidente e até mesmo um possível problema cognitivo.
Dono de inteligência política admirável, o presidente da República, desde que retornou ao Palácio do Planalto, está irreconhecível. Lula não sofre de problema cognitivo, mas está movido pelo ódio que nutre em relação a Sérgio Moro, postura péssima para o Brasil.
Ao insistir no discurso revanchista, algo que tem se repetido nos últimos dias, o presidente dá à extrema-direita motivos para teorias absurdas, sem contar que os radicais ganham força extra para torcer pelo “quanto pior, melhor”. Há dias, em conversa com o editor, um político que transita com facilidade nos bastidores disse que Lula ouviu de alguém muito próximo que, se eleito, faria seu pior governo. Até o momento, a profecia parece se confirmar.
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