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Correndo o risco de ser investigado por vários crimes, Bolsonaro poderia agir como patriota e renunciar

Após a entrevista concedida por Sérgio Moro, a situação do presidente Jair Bolsonaro entrou em processo acelerado de deterioração, especialmente por causa das graves revelações feitas pelo agora ex-ministro da Justiça.
Se antes da saída de Moro a Câmara dos Deputados já acumulava 24 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, esse número deve subir para 25 até o final do dia, já que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que entrará com pedido de impedimento do presidente da República. Entidades com Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também devem ingressar na Câmara contra o chefe do Executivo federal.
Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não decide sobre os muitos pedidos de impeachment, está na berlinda o procurador-geral da República, Augusto Aras, que sofre pressão exercida por integrantes do Ministério Público Federal para que tome providências a partir das declarações do demissionário ministro da Justiça.
De acordo com os procuradores, o presidente da República teria incorrido em crimes de responsabilidade, falsidade ideológica, prevaricação, coação, corrupção, advocacia administrativa e obstrução de Justiça. Esse conjunto de crimes é motivo mais que suficiente para que a PGR solicite ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para apurar a conduta de Bolsonaro.
Considerando a gravidade dos relatos de Sérgio Moro, o procurador-geral, dentro de suas atribuições, poderia apresentar denúncia contra o presidente da República, sendo que a decisão de prosseguir com a acusação caberia à Câmara dos Deputados. Em caso de aceitação da denúncia por parte dos deputados, Bolsonaro poderia ser afastado temporariamente das funções de presidente.
Desde a campanha presidencial de 2018, o UCHO.INFO afirma que Bolsonaro é um político incompetente e desprovido de estofo para cargo de tamanha importância e responsabilidade. Nossas afirmações confirmam-se em momento trágico para o País, que enfrenta os efeitos devastadores da pandemia do novo coronavírus e conta seus mortos.
Para quem sempre exalta o patriotismo em seus enfadonhos e desconexos discurso, Jair Bolsonaro deveria mostrar-se patriota e, imbuído de coragem, renunciar ao cargo, antes que os outros Poderes da República – Legislativo e Judiciário –, em cumprimento ao que determina a legislação vigente, decidam pela via mais traumática. Não se trata de tentativa de golpe, como alegarão os bolsonaristas mais radicais, mas de preservar a democracia e manter a normalidade institucional.
No momento em que até mesmo o generalato palaciano mostra-se estupefato com as atitudes de Bolsonaro, reveladas de forma contundente pelo ex-ministro da Justiça, o melhor para o País é uma saída negociada do presidente, antes que o estrago seja ainda maior.
O Brasil precisa reunir condições para, vencida a pandemia de Covid-19, conseguir, à sombra de segurança jurídica e institucional, captar recursos no mercado internacional com o objetivo de retomar a economia. É importante ressaltar que no período pós-pandêmico o planeta sairá em busca de investimentos. Sem contar o capital estrangeiro que já saindo do País por conta de tantas trapalhadas.

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