Pular para o conteúdo principal

Acordo adia para 2020 decisão sobre prisão em 2ª instância, que, se aprovada, terá alcance geral e irrestrito

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado da República, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, firmaram, com apoio da maioria das lideranças partidárias no Congresso, acordo que deixa para 2020 a decisão sobre prisão após condenação em segunda instância.
Na reunião, que contou com a participação do ministro Sérgio Moro (Justiça), ficou acertado que o projeto de lei, cuja tramitação é mais rápida, ficará na à espera no Senado, que se comprometeu com a criação de uma comissão especial para acompanhar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara.
A discussão sobre a prisão após sentença condenatória de segundo grau tornou-se mais intensa após a soltura do ex-presidente Lula, beneficiado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que pacificou entendimento sobre o preceito constitucional da presunção de inocência.
A decisão do STF seguiu o que determina a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LVII, que estabelece de maneira inquestionável que “ninguém será considerado culpado após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Por se tratar de cláusula pétrea, qualquer tentativa
de modificação do texto constitucional será objeto de reclamação junto à Suprema Corte.
Os “lavajatistas”, que no encontro defenderam a tramitação simultânea do projeto de lei do Senado e da PEC da Câmara, protestaram contra a decisão, alegando que trata-se de manobra protelatória.
“Não vamos nos calar se a tendência for uma maneira protelatória em relação a dar uma resposta para a sociedade”, disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP).
“O que há é um acordão. A maioria [dos líderes] está propondo um trâmite mais demorado, a lentidão como caminho para empurrar para o ano que vem”, afirmou o senador paranaense Alvaro Dias, líder do Podemos no Senado.
A questão que se põe é clara e não deixa dúvidas a respeito do real motivo da indignação de setores da classe política: com Lula em liberdade, as eleições serão mais acirradas, o que exigirá dos candidatos mais empenho na busca dos almejados mandatos.
Todo parlamentar sabe o significado de cláusula pétrea, assim como assumiu o compromisso de cumprir o que determina a Constituição. Querer modificar a Carta Magna é sinal claro de desespero político de quem se pauta pelo clamor popular. Deveriam, sim, advertir a opinião pública sobre a importância do respeito à Constituição, sem recorrer a rapapés.
É sabido que, cedo ou tarde, aprovadas uma das propostas ou ambas, o tema será objeto de recurso ao STF. O que se tenta é enganar a opinião pública com essas investidas toscas contra o Estado de Direito.
É importante ressaltar que no caso de a prisão após condenação em segunda instância ser aprovada, a regra valerá não apenas para os réus por corrupção e crimes do “colarinho branco”, mas para todos os condenados com sentença proferida por órgão colegiado. Isso significa que aqueles que estão a cobrar mudança no texto constitucional estarão sujeitos à mesma regra. Ou seja, mais adiante de nada adiantará reclamar ou dizer que não sabia, pois na ocasião “Inês já estará morta”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Molequinhos e molequinhas

  Os tempos mudam o sentido até das nossas próprias lembranças divertidas quando, molequinhos e molequinhas, fazíamos – claro – molecagens, traquinagens, algumas inocentes e até outras nem tanto, admitamos, só que sempre ainda com aquele espírito infantil. Eram coisas de criança, perdoáveis, às vezes valendo um castigo, uma sova, um sabão. Ou uma suspensão na caderneta que precisava ser mostrada aos pais e voltar, assinada. Meu irmão outro dia me chamou a atenção de que anda percebendo que tem muita gente aí pela rua fazendo pequenas molecagens, gente grande, ou maiorzinha. Às vezes em grupos de dois, três; outras, mesmo sozinhos. Tipo apontar o céu como se ali estivesse acontecendo algo, e fazendo todo mundo olhar para cima. Ou passar e apontar para o seu pé, sem parar, seguindo adiante como se nada tivesse ocorrido. Coisinhas bobas, que até arrancam um sorriso daqueles bons em dias que

Politica: RESISTÊNCIA POPULAR.

Diante das conjunturas políticas , que já são do conhecimento de todos, da nossa cidade Pres. Médici-MA,  na corrida eleitoral rumo a prefeitura em 2012! Vamos comentar os três Principais grupos políticos do nosso município.  Primeiro grupo : A atual Administração está no poder aquase 08 anos, e quer continuar com este projeto politíco hereditário. A família P. Holanda, está querendo garantir em 2012 mais 08 anos de Administração e no fim ficar mais 08 anos ou seja 24 anos seguido no poder, pela mesma família. Nesta Atual administração vemos que quase nada tem mudado na Saúde, na Educação cada dia pior, as poucas obras que tem 95% obras federais, também temos visto que só a família tem se destacado econômicamente,  não podemos contribuir com o continuísmos hereditário. Segundo grupo:   É uma expansão territorial Romano, é o grupo do atual Deputado Estadual Hemetério Weba que já comanda duas cidades, já teve no comando de outras cidades, já fez parte de administ...

FORA ROSENGANA

ROSEANA SARNEY JÁ ESTÁ COMENDO AS UNHAS, ANTES MESMO DE COMEÇ AR O HORÁRIO POLITICO NA TV. O QUE VOÇÊ ACHA QUE ELA VAI COMER NO DIA 3 DE OUTUBRO QUANDO SAIR O RESULTADOS DAS URNAS.