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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Aumento de salário dos ministros do STF e PGR foi recado duro para Bolsonaro e equipe “baixarem a bola”

“O Brasil não é para amadores”, como afirmou Maria Teresa Moraes, leitora do UCHO.INFO, ao fazer comentário durante o “QUE PAÍS É ESSE?”, programa apresentado pelo jornalista Ucho Haddad. Se o Brasil não é para amadores, comandar o País exige competência e responsabilidade. E quem se dispõe a esse hercúleo desafio não pode se render aos pecados inerentes à política e à ideologia, pois é grande o risco de colocar tudo a perder.
Infelizmente, no Brasil ganha-se uma eleição na esteira das falácias e usando a inteligência biliar, ou seja, atenta-se contra a verdade dos fatos e pensa-se com o fígado. De tal modo, o vencedor precisa saber que, cedo ou tarde, as consequências surgirão.
Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República dentro das regras, mesmo que a eleição devesse ser anulada com base no que determina a legislação, mas é preciso que ele atente para o fato de que não é mais candidato. Analisando o conjunto de suas atitudes desde a confirmação do resultado das urnas, tirante a euforia natural do triunfo, Bolsonaro tem agido mais como candidato do que como presidente eleito. E tal postura já tem produzido consequências.
Que o próximo presidente da República deixa a desejar quando o assunto é poder de mando todos sabem, mas é preciso reunir seus subordinados e combinar um “faz de conta” para que o vexame não tome proporções maiores.
Ao longo da campanha, o agora eleito assumiu publicamente nada entender de economia, ao mesmo tempo em que disse que essa deficiência era compensada pela proximidade com Paulo Guedes, a quem chama de “Posto Ipiranga”. Guedes já foi confirmado como ministro da Economia.
Bolsonaro conquistou o direito de subir a rampa do Palácio do Planalto e colocar a faixa presidencial no embalo de um discurso que mesclava assepsia moralizadora na política e faxina ideológica na política, com prioridade na eliminação dos partidos de esquerda (leia-se PT e seus aliados).
Durante o processo eleitoral, por diversas vezes o UCHO.INFO alertou para o perigo dos discursos de ódio, pois é incerta a consequência dessa verborragia irresponsável e descontrolada. Que ninguém pense que no universo político a memória é curta o tempo todo. Em algumas ocasiões prevalece a tese de que “a vingança é um prato que se come frio”.
Para que a refeição não seja indigesta é preciso conhecer a arte do malabarismo político. E quem aposta no discurso da radicalização não tem estofo para tanto. No momento em que Paulo Guedes sugeriu que o Congresso precisava de uma “prensa” para votar com celeridade a reforma da Previdência, uma centelha acionou a luz vermelha do Senado. Foi o bastante para o presidente
da Casa, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), mostrar como se joga no tabuleiro da política.
Após conversar com o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Eunício colocou na pauta de votação do Senado o projeto que aumenta em 16% os salários dos ministros da Corte e do procurador-geral da República. Apesar dos apelos de Bolsonaro para que o aumento não fosse aprovado, o plenário do Senado disse sim à proposta, gerando um aumento de gastos de aproximadamente R$ 4 bilhões por ano nas contas públicas.
Os ministros do STF, que atualmente ganham R$ 33,7 mil, em valores brutos, passarão a receber R$ 39,2 mil. O aumento entrará em vigor tão logo o projeto for sancionado pelo presidente Michel Temer, que tem mais cinquenta dias de mandato. Em outras palavras, Temer “ficará bem na foto”, deixando o problema para o sucessor.
Sem dúvida o País não está em condições de conceder aumentos salariais, mas os homens públicos precisam adotar a parcimônia como mantra do cotidiano. Não se pode querer governar a reboque da soberba e da prepotência, como se esse duo garantisse solução para os muitos problemas que afligem a nação. Há no estoque do Congresso muitas pautas-bomba, como a dos salários dos ministros do STF, prontas para serem levadas aos plenários de ambas as Casa legislativas. Basta o próximo governo forçar a barra.
Fonte: Ucho.Info

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