Marina critica Bolsonaro por defender que Estatuto da Criança e do Adolescente seja rasgado e jogado na latrina

Uma semana após confronto no debate da RedeTV!, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, voltou a criticar Jair Bolsonaro (PSL). Nesta sexta-feira (24), a presidenciável rebateu afirmação do candidato feita no dia anterior, quando ele defendeu o fim do ECA (Estatuto da Criança do Adolescente).
Em seu perfil no Twitter, a ex-senadora adotou o mesmo tom, contrário a posições violentas.
Em campanha pelo oeste paulista, reduto tucano, Bolsonaro defendeu o fim das leis de proteção a menores. "O ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil", afirmou.
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A frase foi uma resposta, em entrevista coletiva, sobre a denúncia de racismo em que é alvo. Bolsonaro pode se tornar réu no caso na próxima terça-feira (28). Ele não respondeu à pergunta e criticou a deputada
federal Maria do Rosário (PT) por não ter votado na proposta de redução da maioridade penal. Bolsonaro é réu por injúria e incitação ao estupro por ter dito que Rosário "não merecia ser estuprada".
Em vigor desde 1990, o ECA é o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes e segue normas internacionais, como a Declaração dos Direitos da Criança. Dentre outros pontos, o estatuto prevê medidas socioeducativas, punições a menores que descumprirem a lei.
Em uma agenda eleitoral onde aproveitou para promover a defesa do porte de armas, Bolsonaro perguntou a uma criança que estava em seus braços com a farda infantil da Polícia Militar se ela sabia atirar. "Você sabe atirar? Você sabe dar tiro? Atira. Policial tem que atirar", disse o candidato no coreto da praça Rui Barbosa, no centro de Araçatuba, de acordo com o Estadão.
De acordo com o ECA, é crime "vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo". A pena prevista é de 3 a 6 anos de prisão.
Questionado sobre o assunto, Bolsonaro manteve sua posição. "Qual é o problema? O armamento é inerente ao ser humano e à sua defesa", afirmou. Ele disse ainda que Marina Silva em entrevista à revista Marie Claire afirmou que só não sofreu violência "porque tinha uma arma espingarda consigo".
Na entrevista publicada em março, a candidata da Rede negou ter sofrido qualquer tipo de violência sexual e em seguida contou sobre o uso de armas pela família. "Quando éramos crianças, tínhamos uma espingarda. Eu e minhas irmãs a levávamos para cortar a seringa. Só uma delas sabia atirar e a gente se dividia na estrada para fazer o serviço mais rápido", afirmou.
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