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sexta-feira, 17 de março de 2017

Operação Calicute: juiz substitui prisão preventiva da esposa de Cabral, Adriana Ancelmo por prisão domiciliar


Responsável pela Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro e que levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, decidiu substituir a prisão preventiva da advogada Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do RJ, por prisão domiciliar.
A decisão que permitiu a mudança de regime prisional foi tomada porque os filhos menores do casal, de 10 e 14 anos, não podem ser privados do convívio com os pais, atualmente
presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste carioca. Os filhos de Cabral e Ancelmo passaram a morar com o irmão, deputado federal Marco Antonio Cabral (PMDB), fruto do casamento do ex-governador com Susana Neves.
A soltura de Adriana Ancelmo ainda não tem data determinada, pois os investigadores precisam checar se o imóvel em que a advogada cumprirá prisão domiciliar não tem telefone e acesso à internet. O juiz determinou que as pessoas que forem visitar Adriana Ancelmo não poderão portar dispositivos de comunicação.
Responsável pela defesa da ex-primeira-dama do RJ, o advogado Alexandre Lopes disse que a cliente voltará para seu apartamento no Leblon. “Foi surpresa ter pedido aceito, esperávamos no STJ, não hoje”, afirmou o advogado.
Lopes ressaltou que o apartamento tem previsão de ficar pronto na próxima segunda-feira (20), quando a Justiça será notificada, podendo, em seguida, determinar perícia da Polícia Federal para conferir o cumprimento dos pré-requisitos.
Sobre a possibilidade de Adriana Ancelmo aderir à delação premiada, o advogado descartou essa hipótese. “Há uma obsessão de parte da imprensa com delação premiada. O processo penal não se resume a delação. Ela não tem a menor intenção de fazer uma delação contra quem quer que seja”, disse Alexandre Lopes.
Nesta sexta-feira, Maria Trotta, diretora comercial da joalheria H. Stern e uma das três testemunhas ouvidas pelo juiz Marcelo Bretas, disse no depoimento que Cabral e Adriana adquiriram 40 joias no estabelecimento, entre 2012 e 2015, num total de R$ 6 milhões.
Os investigadores creem que a compra de joias, ouro e brilhantes era uma das estratégias mais usadas por Cabral Filho para lavar o dinheiro fruto da corrupção. O advogado de Adriana Ancelmo negou “recebimento de dinheiro ilícito” por parte de sua cliente, além de ter afirmado que “em relação a compra de joias, algumas aconteceram, outras não”. “As compras realizadas por ela eram legais”, completou.

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