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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O Cesto e a famosa frase popular “Quem anda para trás é Caranguejo!”

Já dizia o intelectual  Josué de Castro, que  mapeou o drama da fome no Brasil e no mundo “… Caranguejo é o que sois!, quando fazia analogia ao "Homem sempre na Lama".
 
Pois bem,  uma das características mais conhecidas dos Caranguejos é o "andar para trás" e esse curioso hábito do crustáceo, alguns humanos estão conseguindo imitar.  Pode até ser no sentido de metáfora da palavra, pode até ser numa perspectiva da expressão, mas com certeza isso se aplica ao  dia a dia na nossa convivência como animais “racionais” que somos ou que deveríamos agir como.
 
Na verdade, a famosa frase popular  “Quem anda para trás é Caranguejo!”  é muito verdadeira e aplicada usualmente quando alguém quer alertar o outro sobre uma ação de retrocesso. 
 
No Brasil, tem uma piada muito conhecida que conta que um  Cesto com Caranguejos  pode ficar sempre aberto,  porque nenhum Caranguejo vai fugir, pois, quando um dos caranguejos tenta subir o outro o puxa para baixo.  "Onde você pensa que vai? Volte para baixo que aqui é o teu lugar, eu tenho que ir primeiro, se eu não vou, você também não vai" e assim quando um caranguejo tenta fugir, aparece sempre outro puxando para baixo. 
 
O coitado do Caranguejo que quer sair do cesto, além de tentar subir andando pra trás, ainda é puxado por outro Caranguejo invejoso, pois Caranguejo é o que sois, no sentido de que, se não for eu, que estejamos todos no buraco ou na  lama juntos.
 
Imaginar esta cena do cesto de Caranguejos me traz além de algumas reflexões e constatações, uma analogia de que muitos, principalmente das classes sociais mais privilegiadas, agem desta forma. Existem inclusive aqueles que agem naturalmente, publicamente e sem menor pudor, exatamente como esses Caranguejos do Cesto.  Eu mesmo já fui vítima disso!
 
Ter essa constatação incomoda, principalmente quando percebemos no nosso dia a dia pessoas com atitude similar ao do Caranguejo, de puxar pra baixo, pessoas que nem se conhece, nem sabe da procedência ou história completa de vida, da sua intenção, luta, sofrimentos, barreiras, glórias, estrada, vitórias, erros ou desafios. 
 
Não se trata de ter que ficar embaixo ou rebaixado, no fundo do cesto, vendo os demais fugirem, se trata de correr por conta própria com seus próprios esforços para sair, sem precisar derrubar ou puxar ninguém pra trás. Não se trata também de se acomodar no fundo do cesto e não fazer nada, de ser o Caranguejo da sua própria vida e se conformar com que a vida ofereceu. Mas de mudar a forma de ver e enxergar as coisas e as pessoas, neste mundo novo.
Se não gostou do que eu disse e afirmo neste texto,  faça aquela velha cara de paisagem de "isso não é comigo", "Tô nem ai", "não entendi" ou pare de ler meus artigos e me esqueça, até porque cidadão, eu já consegui fugir do seu cesto. Ou ainda, se preferir, dance o música do cantor Latino: " Vai na paz e não volta jamais ... Quem vive de passado é museu ... Caranguejo é quem anda pra trás ...  Se não deu valor;  Então vai, Vai na paz e ..."  
 
Estimo que os da nova geração não sejam contaminados com esta enraizada cultura da "Síndrome do Caranguejo" e que com o tempo isso mude. Claro, que eu acredito que um dia, a piada do Cesto do Caranguejo aqui, poderá ser apenas um conto popular antigo e que o bom Caranguejo continue sendo somente um delicioso prato.

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