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terça-feira, 31 de março de 2015

Polícia #prende ex-prefeita de Dom Pedro

A ex-prefeita de Dom Pedro, no Maranhão, Maria Arlene Barros, foi presa temporariamente por cinco dias, nesta terça-feira (31), em São Luís, durante a "Operação Imperador", da Polícia Civil, que investiga o envolvimento de gestores públicos com esquemas de agiotagem para fraudar licitações na cidade. A polícia afirma que mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre 2009 e 2012
A "Operação Imperador" é um desdobramento da "Operação Detonando", iniciada após o assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, que prendeu os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem em 42 prefeituras do Maranhão. Na época, a polícia descobriu que o que motivou o assassinato foi uma postagem, no "Blog do Décio", referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil Augusto Barros, que era da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) em 2012, a apreensão de documentos revelou o esquema. "Naquela ocasião, foram apreendidas dezenas de caixas de documentos. Eram cheques contratos, documentos relativos a processos licitatórios. Esses mesmos documentos indicaram que havia ligação estreita daquele grupo de agiotas com diversos gestores e ex-gestores públicos do Maranhão", explicou Barros.
Delegado Roberto Fortes, responsável pela "Operação Imperador" (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
Delegado Roberto Fortes, responsável pela  'Ope-
ração Imperador' (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
Operação
O delegado responsável pela operação Roberto Fortes disse, em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, na sede da Secretaria de Segurança Pública, em São Luís, que a polícia chegou aos envolvidos após a análise de documentos e da quebra de sigilo fiscal dos suspeitos.

"Foram identificadas mais de dez empresas em nomes de laranjas com o objetivo fraudar licitações referentes a recursos da merenda escolar, aluguel de máquinas e de carros, e medicamentos", disse.

Na operação, foram apreendidos carros de luxo, máquinas pesadas como tratores, documentos e descoberta uma conta com saldo de mais de R$ 5 milhões. "[
O imperador] possui vários RGs, CPFs, títulos de eleitor e com isso abria várias contas e empresas com o objetivo de lavar dinheiro", explicou o delegado Fortes.O nome da operação faz referência ao líder do esquema, conhecido como Imperador, que seria parente da prefeita. Ele está foragido. Outras quatro pessoas, que seriam "laranjas", foram detidas e liberadas após interrogatório.
Secretário Jeferson Portela fala sobre operação em coletiva (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
Secretário Jeferson Portela fala sobre operação
em coletiva (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
O advogado da ex-prefeita Marcos Vinícius disse ao G1, por telefone, que o pedido de prisão foi fundamentado na falta de residência fixa da ex-prefeita. "É um pedido de prisão contraditório, pois, na hora da prisão, souberam encontrar o endereço dela. Vamos protocolar ainda hoje o pedido de revogação da prisão", disse.
De acordo com o delegado, os suspeitos de envolvimento poderão responder, ao final do inquérito, a crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção ativa e passiva.
O secretário de Segurança Pública Jeferson Portela garantiu que as 42 prefeituras estão sendo investigadas e que inquéritos serão abertos para a investigação de cada uma delas.
Do G1 Maranhão

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