Luz vermelha – A última pesquisa Ibope, que apontou queda na aprovação do governo de Dilma Rousseff e também nas intenções de voto para a atual presidente, que sonha com a reeleição, mostra que a população brasileira está insatisfeita com a atual gestão e procura uma alternativa que garanta uma mudança radical nos rumos do País.
O recado mais importante do eleitorado repousa no contingente de indecisos – “brancos e nulos” (24%) e “não sabem ou não responderam” (13%), que alcançou a incrível marca de 37%. Ou seja, os indecisos estão empatados com Dilma em primeiro lugar.
Tal cenário revela uma situação política preocupante, pois por enquanto não surgiu uma liderança política capaz de convencer o eleitorado. Contudo, é importante destacar que os candidatos de oposição ao Palácio do Planalto ainda não têm o nível de exposição de Dilma Rousseff, que na condição de presidente da República tem se comportado como “arroz-doce de festa”.
A pesquisa Ibope apontou, em um dos cenários da disputa eleitoral, que Dilma caiu de 40% em março para 37%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 14% e Eduardo Campos (PSB) com 6%. Na sequência seguem Pastor Everaldo (PSC), com 2%; Denise Abreu (PEN), 1%; e Randolfe Rodrigues (PSOL), 1%. Eymael (PSDC), Levy Fidélix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Eduardo Jorge (PV) não alcançaram 1%. Os que disseram que votarão em branco ou nulo somaram 24% e os quem afirmaram que não sabem em quem votar ou não responderam, 13%.
Calcanhar de Aquiles
A segunda luz vermelha a acender na pesquisa surgiu na avaliação do governo Dilma Rousseff. De acordo com o Ibope, a parcela dos brasileiros que considera a gestão petista “ótima ou boa” despencou pela terceira vez no ano, passando de 36%, em março, para 34%, em abril. Em dezembro passado, a avaliação estava 43%, enquanto em fevereiro era de 39%.
Se os palacianos ficaram preocupados com os resultados da pesquisa Ibope, um dos motivos vem a seguir. No quesito “ruim ou péssimo”, a avaliação do governo subiu de 27%, em março, para 30%, em abril. Em dezembro de 2013, a avaliação “ruim ou péssimo” estava em 20%. Ou seja, a alta foi de dez pontos percentuais. Considerando que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, os que aprovam o governo Dilma estão empatados com os que desaprovam a gestão da petista.
Como a política não é seara de milagres e Dilma ainda não tem uma varinha de condão, a situação da presidente, no âmbito da reeleição, é muito grave. O que explica as seguidas cobranças de Lula para que sua sucessora reaja e bata de frente com os críticos do governo.
Fonte: Ucho.info
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