
O texto do editorial foi motivado pela criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Asssembleia Legislativa do Maranhão, proposta por Eliziane, destinada a invetsigar a violência contra a mulher e que, segundo o editorialista, está ameaçada de não ser presidida e nem relatada por mulheres.
“Imaginem que no Maranhão e somente no Maranhão uma CPI de violência contra a mulher pode ter como presidente e relator dois homens, e que em outro estágio poderia até ser um sinal de evolução, mas sabemos que não é assim, são elas que estão apanhando e são os homens que estão batendo”, afirma o editorial.
Segundo o editorialista, preconceito e medo, talvez mais medo que preconceito, orientam essa fobia. “A indisfarcável moral burguesa do século 21 fez da mulher esse animal asustador, com brilho intelectual próprio, com opinião própria, que anão aceita imposições e a reação do Macho Alfa foi violenta: uma sangueira de sopapos, equimoses, luxações, lesões corporais, pontapés, tiros e facadas contra a mulher nos lares brasileiros humilha a condição humana.
“Eles temem que é presidindo uma mulher essa comissão a deputada Eliziane Gama torne-se ela mais tarde um empecilho as pretensões eleitorais do governo, uma força de oposição que não gostariam de enfrentar, é um retrocesso monumental no caráter político e humano, e de todas as reivindicações do mundo moderno”, argumenta o editorialista.
Após a leitura do editorial, a deputada Eliziane Gama disse que aguarda que a CPI seja instalada o quanto antes, uma vez que já foram feitas indicações dos integrantes pelos blocos parlamentares, observando que a maioria é constituída por homens. “Quatro homens e três mulheres. Esperamos que mulheres venham conduzir esta CPI nesta Casa”, observou.
Fonte: BCN
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