Blog totalmente gospel de Presidente Médici-MA

sábado, 17 de novembro de 2012

Conhecendo o Outeiro em Presidente Médici com o pesquisador Luís Magno Alencar


Na reflexão da história da cidade de Presidente Médici, se faz imprescindível a referência ao Outeiro da Cruz e sua relação com a história de ocupação do Noroeste maranhense.
A palavra Outeiro, ou Oiteiro: denotam, segundo o dicionário da língua portuguesa uma pequena eminência de terra firme, pequeno monte ou coluna. O "Outeiro da Cruz", pequena montanha do município de Presidente Médici-Ma, que, para sua preservação foi mantida intacta pelo 2o.Batalhão de Engelharia e Construção do Exército Brasileiro, que duplicou a estrada em duas vias contrárias, contornado o montanhoso de significado histórico, de acordo com a cronologia de ocupação do território amazônico.
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O nome Outeiro faz alusão à montanha onde se ergueu o forte do Presépio, núcleo embrionário da atual cidade de Belém, do qual o alferes Pedro Teixeira foi o cofundador. Encarregado de marcar um
caminho de comunicação militar entre Belém e São Luís, devido ao perigo da presença inglesa na costa litorânea, Pedro Teixeira conseguiu vencer os bravos índios Tupinambás em várias ocasiões, transpondo rios e montanhas. Numa viagem de dois meses em terras nunca pisadas por homens brancos, o Outeiro tanto pode ter servido como baliza natural de marcação deste caminho, como ponto de uma mudança de curso, antes no sentido de Norte a Sudeste desde Belém e apartir deste ponto na direção Sul-Norte em direção a São Luís, já que a comitiva de Teixeira teria vencido as arremetidas da etnia Tupinambá nesta localização maranhense, a exemplo do já havia acontecido em Ourém, no Pará. A considerar que já existia um caminho de comunicação dos índios Tupinambás (Alcântara-Belém), é compreensível que Pedro Teixeira tenha desviado-se desta rota fugindo de inesperadas surpresas destes índios inimigos no difícil percurso que fez pela cidade de Viana. O feito fantástico de Pedro Teixeira valeu-lhe a elevação de patente militar, pois, o futuro general e Conquistador da Amazônia, naquele momento de cumprimento do seu dever, tornava-se tenente.
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Em reconhecimento destes fatos da história de ocupação dos vales do Noreste maranhense (entre tantos atos de homenagens que se houvera ao longo de mais de dois séculos depois da morte de Teixeira), o Departamento de Estradas de Rodagem, o DNER, pretendendo promover a imortalizarão de Pedro Teixeira, decidiu, em 1973, homenagear a BR-316 com o seu nome (Rodovia Federal Pedro Teixeira) e, nos lugares marcantes para as suas conquistas ao longo desta estrada foram colocados estátuas e com placas indicadoras da desbravura terrestre de 1616, entre Belém e São Luís. Neste sentido, foram contempladas as cidades de Belém, Cametá e Presidente Médici (à época município de Turiaçu-Ma).
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A inauguração da BR-316 (Rodovia Federal Pedro Teixeira) aconteceu em 10 de março de 1974, com a presença do General e Presidente Emílio Garrastuso Médici, contando também com a presença de autoridades estaduais. Com um discurso fundamentado no estratagema da política integracionista nacional, Médici fez referência ao homenageado em questão, Pedro Teixeira, e deu ênfase a importância estratégica do Noroeste maranhense para a conquista do território amazônico. O Outeiro foi assim entendido não como um simples lugar de conflito luso-selvícula, más de afirmação do início da conquista da Amazônia pelo imortal Pedro Teixeira.
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Por iniciativa dos moradores da cidade de Presidente Médici, inclusive alguns que assitiram a inauguração da referida rodovia, bem como os Irmãos Lassalistas (do Instituto das Escolas Cristãs), lutam, ambos, pela conservação Outeiro, não só como lugar de referência da história de nosso Estado, más também como importante lastro de reserva ambiental, com forte potencial turístico, e, por que não dizer, pedagógico, já que recebe constantes visitas de alunos e professores (Veja no Blog do Fábio Araújo), o blog Pres. Médici Notícias do dia-a-dia! e no blog do Colégio (Santa Teresa). Que refletem sobre a sua importância para a história local. Encoberto pelas sombras do abandono, a pequena "acrópole" tem em seu cume uma praça e uma casa, trilhas com calçamentos e muros de proteção aos barrancos, uma fonte de água, uma casa deteriorada, construções cuidadosamente feitas para inauguração da rodovia e, claro, o monumento em homenagem à Pedro Teixeira bem a silueta de divisão da pista, apontando para a Amazônia. Já usado como lugar de elevação da torre da empresa Telemar, o Outeiro é um lugar de revelação de nossa identidade que precisa ser salva pelo poder público, ou se fadará ao esquecimento como já acontecera com outros lugares bem mais antigos em nosso Estado.
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Pesquisa de Luís Magno Alencar


Fonte: Poeta Luís Magno Alencar, de Santa Luzia do Paruá

3 comentários:

quem ver de fora... disse...

NOSSA, VIAJEI NA MAQUINA DO TEMPO VOLTA AO PASSADO, VENDO ESSAS IMAGENS QUE ME REMETERAM AOS MEUS ANOS DE INFÃNCIA.
TEMPOS ÁUREOS E DE UMA INOCÊNCIA QUE JA NÃO SÃO VISTAS NOS DIAS DE HOJE.
TE AMO PRES. MEDICI. QUANTAS SAUDADES DE TI.

Unknown disse...

Excelente texto , passei por lá duas vezes nas últimas semanas , e tive essa curiosidade em saber mais sobre o "outeiro" confesso que não sabia nada a respeito... obrigado pelas valiosas informações!

Unknown disse...

Excelente texto , passei por lá duas vezes nas últimas semanas , e tive essa curiosidade em saber mais sobre o "outeiro" confesso que não sabia nada a respeito... obrigado pelas valiosas informações!

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