O prof. Dr. João Coelho Dr. em Matemática da UFMA, não será candidato a Prefeito de Pres. Médici em 2012

Prof. Dr. João Coelho

Carta do prof. Dr. João Coelho ao Comandante Fábio:
Caro Fábio, parabéns pelo excelente princípio ético! Infelizmente ética é honra de poucos.O prof. Dr. João Coelho (Joãozinho) não é candidato. Mas, ao fim de seus últimos projetos para estruturar a pesquisa na área ciência e tecnologia na UEMA, vai colaborar na construção de uma sociedade organizada politicamente e social em Santa Teresa. Formar uma candidatura comprometida com os trabalhadores e produtores. Sem conchavo, sem vender e comprar eleitor, sem vínculo com os predadores dos cofres públicos, enfim, independente da oligarquia e presa aos princípios da ética coletiva e do interesse da maioria.
A prática de favorecimento a amigos e parentes tem condenado nossa cidade a mais um vagão do trem do atraso que conduz o Maranhão (só vencemos Alagoas). As lideranças políticas deste Estado, seguidamente de nossa cidade, são meros cabos eleitorais da mais cruel oligarquia, a liderada pela quadrilha Sarney. Ao povo é tirada a liberdade de decidir e conduzir suas vidas a liberdade plena. As crianças são ceifadas de evoluírem na velocidade do resto do mundo.
A máquina governamental na mão de um cordeiro Sarneísta sempre mostra ao povo que ele faz cortesia e não uma obrigação de governante eleito. Transparência na administração pública é impossível para um escudeiro de Sarney. Ele humilha e dar migalha a seu povo e sofre o mesmo da quadrilha oligárquica. Mas, arrota arrogância pelas ruas sem obediência aos reais detentores do mandato.
O FUNDEB criado para completar o investimento da educação toma destino diferenciado: abono, contador, treinos, etc. O salário do professor é o mesmo do vigia e faxineira, que apesar de terem as mesmas necessidades do professor, não tem a mesma formação, que deve ser premiada para incentivar a qualificação. Caro Fábio, o professor que não luta por um plano de cargo e salário digno é apenas um agregado na educação. O nosso aluno não será incentivado por um professor sem motivação.
Falando em educação, qual é meta da educação neste município? Quantos alunos foram aprovados no último ENEM? As vagas estão sobrando nos campus universitários de Zé Doca, Pinheiro, Santa Inês e outros, o governo Lula criou as vagas para nós trabalhadores, se não ocuparmos a elite toma. O padre, o pastor, o vereador distribuidor de cachaça ou alguém de compromisso coletivo deve orientar e objetivar o ensino. Dizer ensino médio para que.
Os nossos idosos morrendo sempre mais cedo, também devem procurar o padre, o pastor ou macumbeiro, pois os recursos da saúde da família é segredo. A agricultura familiar, sucesso em todo País, para um Sarneísta pode ser coordenada por secretário fantasma. Afinal, quais os orçamentos das secretarias e quem os coordena?
Todos esses e outros problemas é de responsabilidade do executivo (prefeito) sem visão de coletivo e coisa pública, do legislativo (vereadores) que não sabem se representam o povo ou são criados do prefeito, da sociedade civil (povo) que não tem um movimento dos professores, e ainda tem professor querendo representar o povo, dos estudantes sem voz por que são formados por professores acuados, dos sindicatos que pensam somente em aposentar os trabalhadores (trabalho útil, mas é pouco), dos comerciantes que não conhecem o concorrente para agir de forma coletiva, dos criadores que não se reúnem para enfrentar os assaltantes e receptores de furto de gado. Além disso, o partidarismo vem à frente do político, consumindo as associações de pais, mães, jovens, trabalhadores, esportistas, sindicatos e outros.
Apontar as mazelas é o primeiro passo para resolvê-las. Considerá-las normais é condenar-se ao atraso eterno.
Portanto, uma discussão política de candidato nada trás de novo a sociedade. A sociedade organizada (professores, trabalhadores, comerciantes, criadores, estudantes, donas de casa, esportistas, etc.) é quem deve conduzir a discussão. A sociedade civil deve abandonar as cadeiras e arquibancadas de onde assistem os políticos (sem preparação e sem compromisso com qualquer categoria) que não trabalham, não produzem e não estudam, fazerem planos para nós e nossos filhos.
O descrédito das instituições, a indiferença dos cidadãos pela política e o desinteresse pelas eleições levam ao deterioramento do convívio social. Participar e conduzir sem ser conduzido são necessidade do cidadão. Os mandatos eleitorais precisam ser públicos e não ferramenta individual de profissão e de enriquecimento deste ou daquele.
Lula foi pouco ruim quando comparado aos demais governos por que vem de uma base organizada. Caro Fábio, jamais serei candidato de mim mesmo, mas serei de uma categoria organizada onde eu tenha liderança, elemento que eu já construir antes, como estudante, como sindicalista, como professor e como cientista. Estou disposto a formar movimentos de cidadãos comprometidos com o coletivo e desprovidos de vaidades e ambições pessoais, nesta cidade.
Até a próxima! Que será breve.

João Coelho Filho é Licenciado em Matemática (UFMA), Mestre em Matemática / Álgebra (UFPB) e Doutor em Matemática Aplicada / Engenharia (UNICAMP). Atualmente é professor do DEMAT-UEMA, Coordenador do, recém aprovado, Mestrado em Engenharia de Computação – UEMA, Orientador de Iniciação Científica e pesquisador do CNPq.
Realizações: Fundador e coordenador do DA de matemática/UFMA, Presidente da REUFMA, Diretor do DCE/UFMA, Diretor do Curso de Ciências - UEMA, representante dos Mestrandos da UFPB, líder sindical, professor da UFMA, Professor SEEDUC, Líder de grupos de Pesquisa e outros.