Os tempos mudam o sentido até das nossas próprias lembranças divertidas quando, molequinhos e molequinhas, fazíamos – claro – molecagens, traquinagens, algumas inocentes e até outras nem tanto, admitamos, só que sempre ainda com aquele espírito infantil. Eram coisas de criança, perdoáveis, às vezes valendo um castigo, uma sova, um sabão. Ou uma suspensão na caderneta que precisava ser mostrada aos pais e voltar, assinada. Meu irmão outro dia me chamou a atenção de que anda percebendo que tem muita gente aí pela rua fazendo pequenas molecagens, gente grande, ou maiorzinha. Às vezes em grupos de dois, três; outras, mesmo sozinhos. Tipo apontar o céu como se ali estivesse acontecendo algo, e fazendo todo mundo olhar para cima. Ou passar e apontar para o seu pé, sem parar, seguindo adiante como se nada tivesse ocorrido. Coisinhas bobas, que até arrancam um sorriso daqueles bons em dias que
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A face do medo, o rosto da insensatez, os arranjos da desfaçatez, ou os rabiscos da anarquia, é a sinfonia que compõe o mundo paroquial dos anônimos, que escondem-se atraz do anonimato.
Isso mesmo, os que camuflam sob a sombra da zombaria, do riso frouxo, do olhar garboso da maldade, e afoga-se na insensatez, e legaliza a mentira, a calúnia e distorcendo a verdade, agride os de boa índole, e dá-se o direito de estuprar, aquilo que é sensato.
Por que, escondem-se os anônimos ?
- Por que, são anônimos ?
Por que, lhes falta coragem ou por que teem medo do Sol ?
- Ou por que, apavoram-se com o Sal da alma ?
- Ou por que na alma, lhes pesa o ranço da frustração, e este vê-se obrigado a embeber-se, das fadigas que os cueiros infantis lhes propuseram ?
E assim, eles vão e vem, sem expor suas assinaturas, submergindo em suas pieguices, e zombando de seus zombeteios, imaginando-se, zombar de tantos.
Nesse rebuceteio de mediocridade, que navega pela agressividade gratuita dos pichadores, sem assinar o que picha, poderíamos imaginar que a esculhabação seria legitima, se a tolice convergisse, com a sensatez.
Mostre a sua cara.