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quinta-feira, 1 de junho de 2017

PIB avança 1% no primeiro trimestre, mas ainda é cedo para comemorações ufanistas e perigosas

Confirmando as expectativas do mercado financeiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano registrou crescimento de 1%, na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Com esse resultado é interrompida uma sequência de oito quedas trimestrais, informou nesta quinta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, o PIB do primeiro trimestre de 2017 alcançou a marca de R$ 1,594 trilhão.
Nessa base de comparação, a alta anunciada pelo IBGE é a maior desde o segundo trimestre de 2013, quando o PIB cresceu 2,3% em relação ao primeiro trimestre de 2013. Porém, na
comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o PIB registrou queda pelo 12º trimestre seguido. De tal modo, a queda de 0,4% em relação ao primeiro trimestre de 2016 foi a menor desde o quarto trimestre de 2014, quando o recuo foi de 0,3% em relação a igual período de 2013.
O resultado veio dentro das estimativas dos analistas, que previam expansão de 0,50% a 1,50% para o PIB de janeiro a março em relação ao período imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Para o PIB do primeiro trimestre, em relação a igual período de 2016, sem ajuste, as previsões, os analistas previam um cenário que oscilava de retração de 1,20% a expansão de 0,65%.
Alguns fatores, principalmente temporários, influenciaram a alta do PIB, como, por exemplo, a safra recorde que impulsionará os resultados da agropecuária. Economistas concordam que o crescimento do PIB no primeiro trimestre não deve ser sustentável. A retomada da economia acontecerá de forma lenta e gradual, sendo que a velocidade desse movimento perdeu força por causa das muitas incertezas que brotam da grave crise política que chacoalha o País.
O resultado do PIB foi motivo de comemoração na cúpula do governo do cambaleante Michel Temer. Ministro da Fazenda e principal nome da equipe econômica, Henrique Meirelles afirmou que o Brasil “saiu da maior recessão do século”. O presidente da República, por sua vez, usou a conta no Twitter para afirmar que essa alta do PIB resulta das medidas adotadas pelo governo.
É preciso cautela diante desse suspiro da economia, pois ainda é cedo para comemorações efusivas e projeções marcadas por excesso de otimismo. Não se trata de apostar no “quanto pior, melhor”, mas de encarar a realidade como ela é de fato. Até porque, a única medida adotada pelo Palácio do Planalto para estimular a economia foi a PEC do Teto de Gastos. Outras medidas continuam na fila da promessa e dependem do humor de deputados e senadores.

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